Lula nega erro no IOF e indica novo acordo fiscal em construção com líderes do Congresso

03/06/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta terça-feira (3) que tenha havido erro por parte do governo ao anunciar a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida que gerou forte reação do mercado e do Congresso. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a proposta em meio à pressão por uma resposta rápida sobre a compensação da desoneração da folha de pagamento — exigência do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Quando aprovaram a desoneração, já sabiam que havia uma decisão da Suprema Corte exigindo compensação. O Haddad, no afã de dar uma resposta rápida à sociedade, apresentou uma proposta. Agora, se há outras possibilidades, estamos discutindo”, afirmou Lula, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
 
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O presidente indicou que o governo pode anunciar o novo pacote fiscal ainda nesta terça-feira, antes de sua viagem oficial a Paris. Segundo ele, as propostas já foram discutidas com os presidentes da Câmara e do Senado, e agora dependem apenas de consenso entre os líderes.

“Hoje vai ter um almoço na minha casa com todas as pessoas envolvidas nessa discussão. A ideia é saber se o acordo está feito ou não, para que a gente possa anunciar como será feita a compensação que o Brasil precisa para colocar nossas contas fiscais em ordem”, disse.

A equipe econômica busca alternativas para substituir o aumento do IOF, que seria a fonte de compensação das perdas com a desoneração da folha até 2027. A proposta gerou reação imediata no Congresso, que se mobilizou para derrubar o decreto — algo que não acontece há 25 anos. Após a pressão, o governo ganhou um prazo de dez dias para apresentar uma nova solução.

 

As medidas em discussão foram mantidas em sigilo até o momento, mas Lula reforçou que só pretende enviar qualquer texto ao Congresso após pactuar o conteúdo com os principais atores políticos.

“Antes de qualquer medida, temos que reunir os nossos parceiros: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, os líderes dos partidos. Não tem segredo. Já fizemos uma reunião domingo à noite, e hoje encerramos esse processo com um almoço na minha casa”, disse.

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Por Victoria Lacerda e Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília




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