De acordo com o Gaeco, o esquema funcionava através da:
- Escolha de comarcas específicas para ajuizar ações coletivas fraudulentas;
- Obtenção de decisões judiciais rápidas, baseadas em documentos falsificados;
- Garantiam descontos indevidos diretamente nos benefícios dos aposentados e pensionistas;
- Processos sob segredo de Justiça, dificultando a atuação de órgãos de controle e impedindo o contraditório.
As vítimas, muitas vezes, nem sabiam da existência dos processos, descobrindo os descontos apenas ao verificar os benefícios.
Quais as outras fraudes cometidas pelos investigados?
As associações, controladas por advogados, funcionavam à margem da legislação e atuavam como instituições financeiras informais, sem regulação do Banco Central.
Segundo a investigação, as entidades foram usadas para ajuizar as ações fraudulentas com aparência de legalidade, mas sem funcionamento real, sem sede física válida e sem relação com os supostos associados. Elas tinham endereços repetidos, usavam documentos falsificados e serviam à fraude contra instituições financeiras, consumidores e idosos.
Os investigados são suspeitos de:
- Promover empréstimos disfarçados de mensalidades, com juros abusivos;
- Aliciavam aposentados para assinar termos de adesão enganosos;
- Conseguiam liminares para apagar registros de inadimplência, mesmo sem quitação das dívidas;
- Suspenderam descontos de empréstimos anteriores para liberar nova margem consignável;
- Manipularam programas de milhagem, reativando créditos vencidos de forma irregular.
Números da investigação
- Mais de R$ 126 milhões de prejuízo estimado;
- Mais de 230 ações coletivas ajuizadas;
- Aproximadamente 100 mil beneficiários impactados;
- Seis mandados de busca cumpridos nesta fase;
- Onze entidades investigadas, com nomes ainda não divulgados.
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https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/05/16/operacao-retomada-entenda-investigacao-que-apura-esquema-de-fraude-milionaria-em-aposentadorias-na-paraiba.ghtml
Por g1 PB