A ONG mantém quatro instituições de tempo integral e quatro Centros de Transformação (CTs) no sertão nordestino. Cada CT oferece uma infraestrutura completa de 3 mil m², incluindo 25 salas de aula, quadras poliesportivas e espaços de lazer e brincar. Além das aulas formais, os CTs proporcionam atividades extracurriculares, como culinária, cabeleireiro, manicure, tecnologia e esporte, com um total de 23 cursos e oficinas, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos.
Para combater a evasão escolar, a Amigos do Bem disponibiliza uma frota de quase 100 ônibus escolares que percorrem diariamente até 30 quilômetros para chegar aos povoados mais distantes. Todos os alunos recebem 6 refeições por dia, garantindo uma alimentação nutritiva para o desenvolvimento das crianças. Muitas ainda vivem em casas de barro, em situação de extrema pobreza.
“Quando os Amigos do Bem começaram a trabalhar aqui, sabíamos que estávamos diante de um grande desafio, mas que seria possível transformar. A nota que alcançamos hoje, de 9,2, é mais do que um número; é um reflexo de vidas transformadas, de crianças que agora enxergam um futuro promissor”, destacou Elilde Araújo Gomes, diretora da Escola dos Amigos do Bem.
Os dados do IDEB
Apesar de pequenos avanços, os dados do IDEB mostram um cenário de estagnação. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o Brasil alcançou a meta de 6 pontos, um leve crescimento em relação aos anos anteriores. Isso reflete melhorias em programas de educação básica e um foco maior no ensino integral.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, o desempenho foi de 5 pontos, abaixo da meta nacional de 5,5. Embora alguns estados, como Ceará, Paraná e Goiás, tenham conseguido superar essa meta, a maioria dos estados registrou queda no índice, especialmente devido a uma diminuição nas taxas de aprovação.
O Ensino Médio continua sendo o maior desafio, com um desempenho nacional de 4,3 pontos, abaixo da meta de 5,2. Apesar de um leve avanço em comparação com 2021, nenhum estado atingiu a meta estabelecida. Paraná (4,9) e Espírito Santo (4,8) se destacaram como os melhores resultados nessa etapa.
Rodrigo Caetano - Editor ESG
Por Exame